O Mapa Único do Plano Rio Grande (MUP RS) foi tema de um dos painéis apresentados pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), na terça-feira (27/8), durante a Expointer. O encontro, mediado pela diretora-geral da pasta, Sonia Saconi, teve a participação da titular da SPGG, Danielle Calazans, do diretor do Departamento de Planejamento Governamental (Deplan), Henrique Gomes Acosta, do diretor do Departamento de Economia e Estatística (DEE), Pedro Tonon Zuanazzi, e da chefe da Divisão de Análise de Políticas Sociais do DEE, Mariana Lisboa.
Desenvolvido pelo DEE e pelo Deplan, o MUP RS é o sistema único e integrado do mapeamento das Áreas Diretamente Atingidas (ADAs) pelos eventos meteorológicos de abril e maio. Na ocasião, a SPGG apresentou ainda um novo cruzamento de dados disponível no MUP RS, com informações da agropecuária retiradas do Cadastro Ambiental Rural, do Censo Demográfico e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
As ações fazem parte do Plano Rio Grande, programa de reconstrução, adaptação e resiliência climática do Estado que visa planejar, coordenar e executar ações para enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais da enchente histórica.
“Com o mapa, conseguimos ter uma visão detalhada de como as chuvas atingiram o Estado. Isso permitiu a rápida entrega de políticas públicas para os cidadãos mais necessitados, por meio do cruzamento de dados. A plataforma é um exemplo de como a tecnologia pode ser desenvolvida dentro do governo em prol da sociedade”, destacou Danielle.
Entre os objetivos do projeto estão mapear e quantificar a população atingida e direcionar políticas públicas de forma célere e precisa. O MUP RS identificou 877,7 mil pessoas atingidas, sendo 387,9 mil do CadÚnico, além de 489,3 mil endereços atingidos e 100,7 mil CNPJs ativos afetados, entre outros dados referentes às consequentes das enchentes.
“Todo o trabalho que fizemos com o mapa foi para que as políticas públicas pudessem ser aplicadas de forma mais ágil e tempestiva. Os programas sociais de transferência de renda, o Volta Por Cima e o SOS PIX Rio Grande do Sul, já beneficiaram mais de 300 mil pessoas, com recurso superior a R$ 300 milhões. Entre a concepção do PIX RS e o dia em que o valor estava caindo na conta dos cidadãos passaram-se apenas sete dias”, disse Danielle.
Em relação à base de dados da agropecuária, o sistema permitiu a identificação de imóveis rurais dentro da área diretamente atingida pelas cheias, assim como a identificação por satélite das áreas plantadas de arroz e soja de 2023, também afetadas pelas inundações.
“Com os novos dados da agropecuária, temos uma nova dimensão para identificar municípios afetados. Por exemplo, Santa Vitória do Palmar é o município com a maior área de imóveis rurais atingidos, com 890 km2”, explicou Zuanazzi.
Texto: Ascom SPGG
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