Inovação e Sustentabilidade voltadas para o futuro do agronegócio no Rio Grande do Sul foi o tema trazido pelo Departamento de Energia (DE) da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) nesta quinta-feira (29/8), à Arena do Pavilhão Internacional da 47ª Expointer. O seminário reuniu autoridades, produtores rurais e especialistas para debater como a transição energética pode transformar a produção agrícola do Estado, destacando a necessidade de soluções sustentáveis para o setor.
A secretária da Sema, Marjorie Kauffmann, abordou os desafios e as oportunidades da transição energética, enfatizando a importância de substituir gradualmente as fontes de energia não renováveis por renováveis, como o hidrogênio verde e o biometano. Essas iniciativas são determinantes para a descarbonização da matriz elétrica do Estado, alinhando-se aos compromissos globais de redução do uso de combustíveis fósseis e de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).
Marjorie destacou o potencial do Rio Grande do Sul para se tornar um modelo de inovação no agronegócio, com a produção de hidrogênio verde, a utilização de biometano e a fabricação de fertilizantes sustentáveis.
Durante o seminário, foram destacados os avanços na matriz elétrica do Rio Grande do Sul, que atualmente possui uma capacidade total de 11,62 GW, com 40% provenientes de energia hídrica, 25% de energia fotovoltaica, 16% de eólica, 16% de térmica fóssil e 3% de biomassa. Esses números refletem os esforços do Estado em investir em energias renováveis, não apenas para reduzir as emissões de GEE, mas também para garantir a eficiência energética e a segurança no abastecimento.
O conceito dos 3 D’s da transição energética também foi explorado durante o evento: Descarbonização, com foco em energias renováveis e eletrificação; Descentralização, com o desenvolvimento de redes inteligentes e mobilidade elétrica; e Digitalização, utilizando tecnologias como IoT e Machine Learning para otimizar o gerenciamento energético.
O seminário reforçou o compromisso do Rio Grande do Sul com a transição energética e a sustentabilidade, destacando a importância de conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental. O Estado é destaque no uso de energias limpas, com 83% da eletricidade gerada a partir de fontes renováveis, atendendo às necessidades atuais e abrindo caminho para um futuro mais sustentável e tecnologicamente avançado.
A secretária da Sema destacou a importância da integração entre diferentes processos e da inovação no uso dos recursos naturais. “A chave é a complementaridade entre energias e o desafio de repensar nosso uso dos recursos naturais. Precisamos ser mais eficientes e inovadores”, concluiu Kauffmann.
Participaram do encontro o diretor-técnico da Biometano Sul, Rafael Salamoni; o presidente do Conselho da Associação Gaúcha de Fomento às Pequenas Centrais Hidrelétrica (AGPCH); Roberto Zucch e o diretor de eólicas do Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do RS (Sindienergia-RS), Guilherme Sari.
Transição Energética Justa
No final do ano passado, o governo do Rio Grande do Sul lançou um edital para contratar serviços de assessoria técnica e consultoria, visando a elaboração de um Plano Estadual de Transição Energética Justa. O estudo contratado analisará as regiões produtoras de carvão, avaliando suas potencialidades econômicas e impactos ambientais, e buscará alternativas para uma transição energética mais sustentável. O plano tem como objetivos apoiar as metas globais de redução de emissões, promover práticas sustentáveis e garantir a segurança energética.
Texto: Cassiano Cavalheiro / Ascom Sema
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